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23 de abril de 2012

O EVANGELHO DE MATEUS

O EVANGELHO DE MATEUS
por Jackelline Siqueira Machado e Mariuza Fco. Cardoso Ferreira, alunos de
Temas Teológicos no Novo Testamento



Autoria: alguns dizem não ter sido Mateus o autor deste Evangelho, mas tradições da Igreja apontam para a autoria dele, devido a organização dos escritos. Foi o único a mencionar que Jesus pagou imposto, o que condiz com sua profissão como cobrador de impostos.

Data: partindo do pressuposto que Mateus se valeu dos registros de Marcos, que datam de 45 a 60 d. C., então o escrito de Mateus pertence ao mesmo período ou um pouco posterior. A maioria dos historiadores acatam como a data provável o período de 80 a 90 d. C.

Público-alvo: o texto e a forma como foi escrito o livro dá a entender que esse texto foi escrito para servir de manual catequético para recém-convertidos ou para ser lido na liturgia da igreja primitiva. O conteúdo dá mais ênfase ao fortalecimento dos judeus cristãos que sofriam perseguições o que justifica as visíveis características judaicas.

Características: o livro, nos primeiros capítulos, apresenta os magos, que mesmo sendo gentios adoram a Jesus recém-nascido. No capítulo 8.11s, Jesus diz que muitos virão do oriente e do ocidente para tomar lugar com os patriarcas, no Reino dos céus apontando para uma característica universal do texto de Mateus; o autor mostra que Jesus é o Messias ao relacioná-lo às promessas do Messias feitas a Abraão e Davi; é o único Evangelho que utiliza o termo “Igreja”. No sermão da montanha, no texto registrado, apresenta o Reino de Deus e como seria viver neste reino! Ainda, segundo Mateus, o Reino de Deus ou Reino dos céus fornece a estrutura para a comunidade cristã, ressaltando que as pessoas devem ser como crianças (18.1-3), humildes (18.4), não dadas a escândalos (18.6-7), autodisciplinadas (18.8-9); tais pessoas precisam de restauração eclesiástica e oração (18.10-20). O discípulo injustiçado deve perdoar inúmeras vezes o ofensor (18.21-35).

Resumo: a ênfase que Mateus faz sobre Jesus como cumprimento da profecia estimula a expectativa e esperança messiânica. 

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