O EVANGELHO
DE LUCAS
por Hugo Farias
Alves e Rubens de Souza Firmo,
O nome Lucas é de origem grega, muito provavelmente
era gentio. Escreveu o evangelho, sendo este o terceiro segundo a cronolologia,
tendo como fontes os relatos de Paulo apóstolo, testemunhas oculares e
ministros da palavra. Provavelmente escreveu após o ano 70 d. C. destinando a
Teófilo e aos gentios. Acredita-se que o lugar de composição seja Roma, embora
a tradição antiga esteja dividida entre a Grécia. Com o propósito de mostrar a
confiabilidade desses relatos Lucas tem como objetivo alcançar um público-alvo
gentio demonstrando um evangelho de caráter universal. No tocante, a
universalidade, verifica-se um interesse em vincular os episódios da carreira
de Jesus a fatos históricos seculares. A universalidade que transparece no
evangelho de Lucas é culturalmente helenista, não incluindo apenas os gentios
em geral, mas também os párias da sociedade como exemplo o Filho pródigo.
Relata Jesus como salvador cosmopolita, e enfatiza a espiritualidade de um homem
que viveu em constantes orações destacando as ações do Espírito Santo. O
evangelho de Lucas é o mais refinado do Novo Testamento pelo seu estilo grego,
e o mais abrangente dos sinóticos. Quanto ao plano e materiais, observa-se nos
dois primeiros capítulos um prólogo de introdução, depois narra o nascimento e
episódios da infância de Jesus. O batismo, a genealogia e a tentação de Jesus
aparecem na seqüência, em 3.1—4.13; o ministério na Galiléia, em 4.14—9.50; a
última jornada a Jerusalém, em 9.51—19.27; e finalizando com a semana da paixão
, a crucificação de Jesus, sua ressurreição, seu ministério pós-ressurreição e
sua ascenção, em 19.28—24.53.
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