por
Valdir Afonso de Paulo e Gilmar Pereira Borges, alunos
de Temas Teológicos no Novo Testamento.
Autoria: a primeira prova de que Marcos é o autor
se encontra no próprio Evangelho. A segunda prova vem de um dos pais da Igreja
(séc. II) chamado Papias, que passou adiante uma tradição que indicava que Marcos
teria adotado cuidadosamente os relatos a respeito da vida e dos ensinos de
Jesus.
Vida e ensinos de Jesus: Marcos não andou com Jesus, mas escreveu
tudo que Pedro lembrou e contou-lhe. Isso porque não tinha nem ouvido nem
seguido o Senhor.
Data: a data da escrita do Evangelho de Marcos
pode ser localizada entre 45 d. C. e 65 d. C.
Propósito: segundo os posicionamentos correntes de
interpretação, Marcos teria escrito:
1º
– para suprir a falta de uma autoproclamação messiânica por parte de Jesus.
2º
– para suavizar, diante das autoridades romanas, o caráter ofensivo de um
ministério messiânico aberto.
3º
- para encorajar os cristãos perseguidos.
Público-alvo: provavelmente Marcos escreveu para os
cristãos romanos porque faz menção a
Rufo (15.21) que, segundo Romanos 16.31, vivia em Roman.
Estrutura: não há, segundo teólogos, uma harmonia
entre esboços de Marcos pelos quais Marcos contra as histórias de Jesus. A
organização dos assuntos é identificada como solta. Exs.: ministério de João
Batista e caráter carismático do ministério de Jesus; caráter de transição que
teve sua trajetória rumo a Jerusalém e caráter inevitável de sua morte e
ressurreição em Jerusalém.
Conteúdo do Evangelho:
Inicialmente,
1) João Batista apresenta Jesus no cenário
público e identifica-o como o Filho de Deus e Cristo;
2) Marcos registra o batismo de Jesus no Rio
Jordão e a descida do Espírito Santo;
3) Marcos registra, também, a tentação de
Jesus no deserto evidenciando a ajuda do Espírito Santo;
4) Marcos exibe uma série de histórias que
antenticam a autoridade de Jesus. Ex.: ele perdoa pecadores (cf. 2.1-12).
Em seguida,
5) Jesus escolhe doze homens através dos
quais multiplicará seu ministério. São os Doze Apóstolos conhecido por Colégio
apostólico;
6) Jesus, também como parte de seu
ministério, conta as famosas parábolas que, basicamente, significam comparação.
Ele ensina simples e contextualmente para seus discípulos e a multidão; ensina,
inclusive, para obscurecer a verdade como juízo para os de fora;
7) Esses homens são enviados de dois em dois,
conforme os costumes mosaicos, para que sua palavra seja confirmada; seu
objetivo é pregar o Reino de Deus.
Enfim,
8) Registra a confissão de Pedro e a
ressurreição do Senhor.
Em
resumo, a narrativa começa quando
João Batista apresenta a Jesus ao público, prossegue para as suas atividades na
Galileia e atinge o ápice numa seção longa dedicada aos fatos da semana final,
em Jerusalém.
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