O EVANGELHO DE JOÃO
por Janivaldo Severino Borges,
Beneval Rosa e Pedro Heleno do Couto,
Autoria: o autor é o apóstolo João, testemunha ocular do ministério de Jesus, pelo
qual se revela o estilo semítico na redação configurando também ser íntimo
amigo do Senhor.
Relação do Evangelho de João
com os sinóticos: o
Evangelho de João suplementa os sinóticos elaborando uma série de pontos e
expondo discursos longos de Jesus.
Teologia joanina: a teologia joanina pode ser vista aqui
em dois ângulos: a) estilo. João expressa em sua redação a essência das obras
de Jesus em suas palavras, utilizando-se também de termos simbólicos como por
exemplo nascer de novo e lavar os pés dos discípulos; b) temas. Em João Jesus é
a palavra que revela a verdade, dá testemunho do próprio pai à luz que dissipa
as trevas e o amor de Deus derramado.
Propósito: o propósito de João, ao escrever seu
Evangelho, foi produzir crença na divindade de Jesus procurando evangelizar os
incrédulos com o Evangelho ou firmar os crentes na fé. Um segundo propósito
provavelmente foi corrigir as idéias de uma seita que se desenvolvera em torno
da figura de João Batista. Um terceiro foi servir de encorajamento aos judeus
cristãos para que suportassem o isolamento das sinagogas, a eles imposto, sem
esconder sua identidade nem negar sua profissão de fé cristã.
Materiais: embora algumas teorias procurem
questionar as fontes literárias de João, a unidade de estilo derruba todas elas
pelas quais João, como testemunha ocular, produz ênfase na tônica deste
evangelho.
Lendo e interpretando João: depois de um prólogo que apresenta Jesus
como verbo, João ordena seu material em blocos que se alternam entre narrativas
que relatam os sinais e obras de Jesus de um lado e discursos que interpretam o
significado salvífico desses sinais e obras de outro lado.
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