"Se você quiser dar crédito a um sujeito, faça isso por escrito. Se você quiser mandá-lo para o inferno, faça o por telefone." (Charlie Beacham)
Quando foi diagnosticada uma doença grave em um amigo, recorremos a um manual médico para saber mais sobre a doença. Da leitura do tratado, em inglês, pudemos extrair todas as informações necessárias, sem praticamente recorrer ao dicionário. O texto estava completo e sua leitura agradável. O médico que nos emprestou o livro fez um comentário interessante. Disse que o organizador convidava especialistas para que escrevessem os capítulos de sua área e antes de fazer a arte final seguia dois protocolos obrigatórios, a saber: i) enviava todo material a um romancista para tornar a linguagem mais fácil e ii) devolvia o material aos autores, para verificarem se as alterações não comprometiam as informações técnicas.
Este fato, confirma a tese de Peter Drucker: o verdadeiro comunicador é o receptor. Ao escrever é preciso perguntar-se: quem irá ler este texto? Em que condições? Um aluno universitário, em geral, precisa ler muito e se o texto for técnico, provavelmente o rendimento será menor. Um capítulo adaptado por um romancista facilita a leitura e a apreensão do conhecimento; e este é o objetivo.
As vezes a imaginação nos leva por caminhos estranhos e, por este motivo, não queremos fornecer uma resposta definitiva ao problema da escrita.
Enumeraremos, a seguir, algumas notas que podem ajudar a quem precisa escrever. Cada um poderia descobrir naturalmente soluções de como aprimorar a escrita, desde que se propusesse a isto. Leitura de boas obras e observar como os outros escrevem, facilitam o aprendizado. Com o passar do tempo, se exercitamos a escrita, poderemos dar passos seguros e significativos.
[1] Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade de São Paulo (1983), mestrado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade de São Paulo (1988) e doutorado em Ciências Biológicas (Microbiologia Aplicada) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus de Rio Claro(1996). Atualmente é professor livre docente da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: spirulina, biomassa, microbiologia, ciência e meio de cultura. Ministra também Metodologia Científica para os cursos de Graduação e Pós-Graduação na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos no Campus de Pirassununga. Autor de vários livros em sua área de atuação e outros ligados a cultura e humanidades. Pintor, botânico amador e fotógrafo, recicla 100% do lixo doméstico. Possui uma horta orgânica onde planta também árvores para o bairro onde mora.
Leia o artigo completo no site da Editora Mandruvá: http://www.hottopos.com.br/vidlib2/Notas.htm.
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