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4 de setembro de 2011

A AUTORIDADE DO TEXTO DO NOVO TESTAMENTO

A AUTORIDADE DO TEXTO SAGRADO [1]

Wilbur (Dr. Gilberto) Norman Pickering, ThM PhD

A.  A importância da questão de autoridade (em si) para o ser humano: mercado de cosmovisões.
1.   Cosmovisão—a mola mestra; como você interpreta o mundo; fazer VS falar.
2.   Criação VS evolução—crentes acabrunhados, acovardados. A questão básica aqui é exatamente de cosmovisão; a visão bíblica é rejeitada.
a.   Evolução é cientificamente impossível—250 bits VS 1500 bits; probabilidade estatística; DNA de homem VS chimpanzé.
b.  A terra é jovem—campo magnético; arca de Noé; torre de Babel.

B.  A importância da autoridade do Texto Sagrado para a vida da Igreja e do crente.
1.   Oséias 4:6 (ver 4:1 e 6:6-7):
a.   “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”.
b.  “Porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei como meu sacerdócio”!
c.   “Visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”!
2.   1 João 2:15-17:
a.   “Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.
b.  “Pois tudo o que há no mundo . . . não é do Pai”.
c.   “Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.
3.   João 8:31-32, 17:17:
a.   “Se permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos”.
b.  “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
c.   “Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade”.
4.   Josué 1:8, Salmo 1:2-3, 119:105, 1 Pedro 2:2, etc.
5.   Apoc. 21:5—“verdadeiras e fieis” VS a idéia que a Bíblia não tem sentido certo.
6.   (Jer. 20:1-4 [Passur], Mal. 2:1-3,7, Jer. 23:14,17,22, Mat. 15:9, 23:2,13,15,33)

C. Seis disciplinas/áreas que afetam a autoridade da Bíblia:
1.   Inspiração (lado divino)—2 Tim. 3:16, o “fôlego de Deus”; o efeito que produz.
2.   Canonicidade (lado humano)—reconhecer a qualidade inerente; maior prova é a preservação.
3.   Preservação—1 Cron. 16:15 = Sl. 105:8, Sl. 119:89, Isa. 40:8, Mt. 5:18, Lc. 4:4, 16:17, 21:33, Jo. 10:35, 16:12-13, 1 Pd. 1:23-25.
a.   Deus afirma a preservação, só não diz como—temos que deduzir pelo que fez.
b.  Os diversos textos gregos (e versões a partir deles) representam respostas diferentes.
c.   As dúvidas levantadas (colchetes, notas maliciosas) solapam a autoridade.
d.  Resultados da crítica textual moderna:
1)   Uma colcha de retalhos.
2)   Uma crise de credibilidade.
3)   Erros e contradições importados ao texto “crítico”.
4.   Interpretação: hermenêutica à exegese: “A Bíblia é a única regra de fé e prática”—será??
a.   Quando igreja ordena pastor que não sabe interpretar a Bíblia, na verdade qual é a cosmovisão dela?
b.  E quando a palavra do pastor vale mais do que a Bíblia?
c.   “Auto-enganados” (Mt. 22:29)—não conhecem as Escrituras.
d.  “Doutrina de demônios” (1 Tim. 4:1)—quem não sabe interpretar é presa fácil.
e.   “Hermenêuticas” diversas.
1)   Liberal/marxista (pressupostos materialistas).
2)   Neo-ortodoxa (pressupostos humanistas).
3)   Relativismo cultural (também humanistas).
4)   Levar o Texto e o Autor a sério (respeitando as normas da linguagem).
5.   Doutrina da Igreja—deveria ser teologia sistemática bíblica, mas muitas vezes não é.
a.   Quando o pacote doutrinário da igreja vale mais que a Palavra: Isa. 29:11-13, “está selado” (o ‘pacote’ da denominação não permite [diz a liderança]), “não sei” (pessoa sem preparo [diz o povão]). Mt. 15:8-9 (Os. 5:11)—“Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” Qual seria o valor verdadeiro desse tipo de culto?
b.  Quando se depende de tradução e não do Texto Original—os tradutores impõe suas próprias idéias teológicas à doutrina baseada em tradução falaz: Mt. 18:18, 1 Jo. 5:18, Heb. 2:14 “tem”, Mc. 16:18 “pegarão”, Hades/Sheol por “inferno”, 1 Cor. 11:10 “sinal”,   1 Tim. 3:11 “esposa”, Mc. 10:13-14 “de tais”, “como”, Jó 40:15 ‘beemote’, 41:1 ‘leviatã’.
c.   Quando uma igreja segue doutrina que não é bíblica, ela atenta contra a autoridade da Bíblia!  (“aceitar” Jesus, “possesso” de demônio, crente não pode ser “possesso”)
6.   Aplicação—quando crente/pastor peca conscientemente é porque o Texto falta autoridade para ele!
a.     Sacerdócio de cada crente.
b.   Deus não dá procuração a ninguém para dominar a consciência ou a fé de outrem                (Mt. 23:8-10), exatamente porque cada um deve adorar ‘em espírito e verdade’         (Jo. 4:24).

{NB:  Autoridade objetiva depende de sentido verificável.}

D.  A preservação do texto do N.T.
1.   As evidências históricas:
a.   Os próprios autores humanos sabiam que estavam escrevendo “Bíblia”.
b.  Seus colegas contemporâneos também reconheceram que estavam escrevendo “Bíblia”.
c.   Os líderes cristãos desde o 1º século usaram os escritos do NT como sendo “Bíblia”.
d.  Os escritos do NT eram lidos nas congregações desde o início, fatalmente havendo proliferação de cópias, e boas.
e.   Desde o início os crentes eram alertas e preocupados quanto à pureza do Texto.
f.   A região Egéia (Grécia e Ásia menor) detinha entre 18 e 24 dos 27 Autógrafos (Egito zero).
g.  Foi exatamente na área Egéia que a Igreja mais prosperou; ela se tornou o eixo da Igreja até  o 4º século (pelo menos).
h.   Foi também nessa área que a língua grega foi mais usada, e durante mais tempo, graças ao império bizantino (transmissão exata, só na língua original). (Aliás, na Providência Divina o império bizantino só acabou [1453] após a invenção da imprensa [a 1ª Bíblia impressa apareceu em 1456].)
i.    A Ásia menor foi caracterizada também for uma mentalidade conservadora quanto ao Texto Sagrado (‘Escola de Antioquia’).
j.    O Texto verdadeiro nunca se “perdeu”; foi garantido pela Igreja da região Egéia.
k.   Implicações da campanha de Diocleciano (303) e do movimento Donatista.
l.    Implicações do processo de transliteração do nono século.
m. Atualmente, 95% dos manuscritos gregos refletem uma tradição básica de transmissão do Texto, exatamente a tradição oriunda da região Egéia.
2.   Teorias diversas—avaliação.
a.     A teoria crítica W-H.
b.    A teoria “processo” (Kenyon, etc.).
c.     Ecletismo (quer ‘rigoroso’ ou ‘racionado’).
d.    Dois dos ‘três tipos de texto’ (von Soden, Sturz).
e.     Crítica-cânon (Childs, Letis).
f.     TR/KJV como tal.
g.    A teoria do Texto Majoritário.
3.   Implicações para a autoridade do Texto (de cada teoria).

E.  Avaliação e comparação (% da redação original) de textos gregos e versões (do NT) em  Português.

    100%  99,8%   99%  98%                                                                            92%         90%
    T.O.     H-F     P.C.   T.R.                                                                            SBU         W-H
            R-P                  IOG                                                                             N-A
        [WP]                    A.A.                             Corr.                               Atual, L.H.         Bras.
                                     Fiel                                                                   Viva,    P.T.
                                                                                                       NVI, Cont, Jer.
           
F.  Porque Deus permitiu esse estado de coisas?
1.   O propósito de Deus ao criar o ser humano.
2.   As regras do jogo que Deus coloca.
3.   Algumas analogias (relógios, medidas, álcool).

G.  Quatro tipos de problema que atingem a autoridade do Texto.
1.   Veneno—erros e contradições maliciosamente enxertados no Texto por eruditos de certo tipo (Ef. 2:2). Porque o “veneno”? Teoria de W-H (pressuposições, ataque tridente, conseqüências). [lista anexa 1]
2.   Dificuldades aparentes que realmente estão no Texto Original. [lista anexa 2]
3.   Onde o Texto é claro mas não gostamos do que diz e fazemos ginástica para contornar. [lista anexa 3]
4.   Nossa ignorância e limitação—“vasos de barro”.

H.  Princípios da sã interpretação—hermenêutica.
1.   A interpretação é uma; as aplicações podem ser várias (doutrina se baseia na interpretação,   nunca em aplicações). Distinguir rigorosamente entre as duas coisas.
2.   O princípio fundamental da comunicação é: tanto quem fala ou escreve como quem ouve ou lê, ambos têm que respeitar as normas da linguagem.

I.  O uso do V.T. no Novo (citações).
                        A:  N.T. = LXX = T.M. [Texto Massorético]        — 268
                        B:  LXX é mais perto do T.M. do que é o N.T.     —   50
                        C:  N.T. é mais perto do T.M. do que é o LXX     —   33
                        D:  N.T. = LXX ¹ T.M.                                          —   22
                        E:  N.T. ¹ LXX ¹ T.M.                                           —   13
                                                                                                           386 citações
       1.  A grande maioria das citações é literal, como poderíamos esperar.
       2.  Quando o N.T. cita o uso que alguém fez do V.T. (Estevão), então o problema é dessa pessoa.
3.   Às vezes o N.T. seque a LXX e a situação não exige corrigí-la (havendo divergência do T.M.).
4.   O Espírito Santo tinha o direito de dar aos Apóstolos interpretações do V.T. que não seriam óbvias a nós. Um Apóstolo debaixo da Inspiração teria prerrogativa que nós não temos.

                                                                                              Dr. Gilberto Pickering
                                                                                              Brasília, 31-12-2001


[1] Disponível no site do autor, ESGM, Dr. Gilberto Pickering, em: http://www.esgm.org/portugues/pmenu.html.

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